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Como
Educar os Angolanos considerando suas diferenças Culturais e Sociais num
contexto Global, Sem perder suas referências? Que dinâmicas devem ser desenvolvidas para garantir que os
Angolanos tenham poder de barganha dentro do contexto Global, sem perder de
vista a marca histórica das profundas desigualdades sociais, que fazem do País,
um país tão distante e tão diferente em relação aos demais?
O censo do programa das nações
unidas para o desenvolvimento avaliou o período que vai de 2007/2008. Nesta avaliação,
Angola ficou na posição de 142 num total de 177 países, superado inclusive por
países como Cabo Verde. O país apresentou uma taxa de alfabetização de 67,4 %
da população, distribuída em três grupos segundo critérios da organização das
nações unidas para a educação, ficando configurado da seguinte maneira: Menores
de 15 anos (47,7%), 16 a 59 (47,9%), + 60 (4,4%). Infelizmente o censo não
incluiu os impactos da expansão do acesso à educação romovidos após essa data,
o que poderia melhorar a posição conquistada pelo nosso país. O II congresso
internacional sobre o ensino técnico e profissional organizado pela (UNESCO) em
Seul,na Coréia do sul de 26 a 30 de abril de 2009, mostrou como a evolução das
tecnologias e a revolução da informação e da comunicação,influenciam no
processo de mudança social que ocorre com uma incontrolável rapidez, e como
essas transformações provocam uma maior mobilidade de mão de obra e dos fluxos
de capital com influencias relevantes sobre a desigualdade entre ricos e pobres,
neste caso específico os países ricos sobre os países pobres, criando nestes
últimos, altas taxas de desemprego, nos setores industrial e rural de igual
maneira. O sistema educacional Angolano, beneficiou-se de inúmeras reformas que
possibilitaram a expansão e o acesso à educação de diversos grupos sociais,
inclusive o gênero feminino, que de uma forma geral, essa população não se
encontrava tão integrada assim! Dessa forma, o país continua carecendo de mão
de obra profissional técnica que, seria o avalanche para recuperar a produção e
a difusão da microempresa, que são elementos importantes à diversificação da
receita do estado e um caminho para reduzir o problema do desemprego em Angola.
Acredito que, o país precisa de fortalecer o ensino técnico profissional de
nível médio dando ênfase a escola pública e possibilidades seqüenciais
para os alunos que desejarem buscar uma educação de nível superior.
Diferentemente dos países desenvolvidos que a educação técnica-
profissionalizante foi superada no passado, Angola precisa criar seus
mecanismos de acesso à universidade
caracterizados por duas modalidades: A Licenciatura e o Bacharelado, sob
livre escolha do candidato. Essas duas especialidades darão ao aluno no final
da sua formação, condições de Lecionar ou de ser Pesquisador por serem
especialidades que se dão paralelamente ao curso de graduação. Neste caso, o
país precisa remar ao contrário para criar uma mão de obra local especializada,
o que ajudará na solução do problema do desemprego e auxiliará no
desenvolvimento da econômia e no desenvolvimento de Novas Tecnológias. A Escola
Pública principalmente a Escola de Ensino Médio, precisa ser fortalecida com
maiores investimentos e em parte ser autonôma para que ela possa estabelecer
uma aliança com as Empresas nacionais e estrangeiras numa relação escola /
Mercado que ponha o Aluno do Ensino Médio em regime de Estágio, póis isso
resultará numa grande vitória para a Educação em Angola impactando na Mobilidade
social das famílias Angolanas. Aqueles que possuirem Títulos e graus mais
elevados como Doutorado ou Mestrado , poderão Administrar as instituições
primárias e segundárias Públicas e de nével Médio, para dar ao Aluno Angolano,
uma base de conhecimento sólido e de carácter geral, dando a ele condições de
fazer o Ensino Médio e Superior em condições de igualdade epistemológica em
termos Internacionais. Uma parte de Professores com títulos de Mestrado, Pós
Graduação e Licenciatura, auxiliaria na elevação do nível de graduação dos
diversos cursos do Ensino Superior. De qualquer modo, dentre as seis metas do
programa Educação para todos, monitorado pela UNESCO, lançado no ano 2000, no
fórum mundial de Educação em Dakar ( Senegal), a primeira é a que o país mais
se aproxima de realizá-la dentro do prazo estipulado que é o acesso, o que não
significa melhoria na qualidade da Educação e nem garante a permanência da
população estudantil na escola sem a instituição de bolsas de estudos para
esses Alunos principalmente os alunos do Ensino Médio . De uma maneira geral,
tudo dependerá de se o país utilizará ou não o critério da UNESCO que pede o
investimento dos 6% do PIB (produto interno bruto em Educação) Somando-se a
isso, é necessário implementar Novas Politicas de distribuição de renda e
aperfeiçoamento Profissional dos Professores que, pode ser feito de várias
formas, quer por intermédio de debates entre especialistas em Educação
nacionais ou convidados estrangeiros, quer por intermédio de seminários, incluindo
necessáriamente a criação de Novos Empregos. Fica claro, que o Cumprimento do
artigo 10º do capitulo III da organização do sistema de Educação do Ministério
da Educação do Governo Angolano, da lei de bases do sistema de Educação adotada
em 31 de Dezembro de 2001, só será possível, considerando - se todos os fatores
analisados e avaliados aquí neste artigo, sob o risco de criarmos uma sociedade
eternamente partida com duas gerações distintas que terão oportunidades
desiguais, na Educação e no mercado de trabalho. Por um lado, os descendentes de
indivíduos formados pela enfraquecida Escola Pública e por outro lado os
descendentes formados pela Escola Privada beneficiada pelo carácter mercadológico
apoiado pelos bancos por intermédio do Crédito bancário, neste contexto
inacessível às populações mais pobres da nossa sociedade.
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OBS: Este trabalho tem carácter sociológico e pode ser utilizado por quem tenha
interesse em Educação. É um trabalho que, incluí uma análise critériosa sobre o
processo Educacional Angolano, dentro de um contexto mais amplo, em que se
insere o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia aliados ao Mercado Profissional
e que alcança níveis cada vez mais elevados e com uma velocidade quase que
incontrolável.
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Espero estar a contribuir para alguma coisa
construtiva dentro das espectativas que se tem com relação aos axiomas que
norteiam as Sociedades atuais.
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AUTOR; Manuel Diogo
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
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PORTAL DA UNESCO- 2010
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DADOS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE ANGOLA SOBRE A
EDUCAÇÃO -2010
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RELATÓRIO DO BANCO MUNDIAL SOBRE A ECONÔMIA
ANGOLANA -2007
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ENTREVISTA COM SIMON SCHWARTZMAN SOBRE A
EDUCACÃO -1998