quinta-feira, 10 de março de 2011

BELEZA ÉTNICA NO LUANDA HAIR, UMA ESTRATÉGIA SOCIOLÓGICA

      BELEZA ÉTNICA NO LUANDA – HAIR, UMA ESTRATÉGIA SOCIOLÓGICA

     Enquanto estudante de sociologia no instituto de filosofia e ciências sociais da UFRJ, foi em 2004 que resolvi montar u8m espaço onde eu pudesse ter um contacto mais próximo com grupos socialmente desprivilegiados e inferiorizados, para que de alguma forma eu pudesse durante o contacto com esses indivíduos ouvir seus problemas e suas histórias de vida, sua pobreza e suas oportunidades, as perspectivas de resolução de seus problemas ,  as estratégias que esses grupos utilizam nas suas relações com as estruturas sociais, e também para que eu pudesse avaliar o tipo de democracia que o país segue além das conseqüências psicológicas resultantes dessas relações que ao longo desse percurso ,me parecerão contraditórias. O primeiro passo foi fazer um curso de administração de salão de beleza. O segundo passo foi definir os serviços ou tarefas que seriam  priorizadas.  Como um insight, pensei numa especialização em cabelo étnico, oferecendo serviços  de  tranças Africanas, dread , mega – hair, maquiagem específica e acessórios, como anéis de prata e dourado, para cabelo, rabo de cabelo,  debby,  miojos e cremes específicos para cabelo e pele. De inicío conseguí o contacto com sei meninas especializadas nesses serviços, que me auxiliaram a trazer um público específico e diversificado do ponto de vista do grau educacional e profissional que variava da empregada doméstica, funcionária pública à professora municipal com rara exssão de alguma advogada desempregada ou trabalhador doméstico. Esse público me fazia de uma forma intensa, compreender literalmente suas diferenças e simetrias e o problema da desigualdade que essas pessoas vivem em relação a outros  da sociedade em função de suas “ diferenças naturais”, gênero, raça e escolaridade. Com essas variáveis eu pude fazer algumas análises comparativas com autores da sociologia Brasileira FLORESTAN FERNANDES, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, DARCY RIBEIRO, OLIVEIRA VIANNA, ALBERTO CARLOS ALMEIDA E FRANCISCO H. G. FERREIRA e estabelecer  uma síntese intelectual compreensiva no sentido do equilíbrio pareto – inferior do Brasil que na sua gênese, está relacionada com as causalidades racionais daqueles problemas.